No último dia 26 de fevereiro, a Abrasip-MG, em parceria com a Câmera Mineira de BIM e apoio do Sebrae, participou do 2º Encontro EABIM – Encontro Acadêmico de BIM de Minas Gerais. Com o objetivo de discutir planos estratégicos para a aplicação do BIM na academia, o evento reuniu os representantes das instituições Anima Educação, CEFET-MG, Estácio de Sá, FEPI – Centro Universitário de Itajubá, FUMEC, IETEC, IFSULDEMINAS – Pouso Alegre, Izabela Hendrix, PUC Minas, UNA Divinópolis, UNIBH, UNIFEMM e Unihorizontes.

Para representar a Abrasip-MG, estavam presentes o vice-presidente de Atividades Técnicas Henrique Naime, a vice-presidente de Comunicação Carla Macedo, o gestor da Comissão de BIM Carlos Alexandre de Freitas Jorge e a gestora da Comissão Acadêmica Cristina Luiza Bráulio. O evento aconteceu no auditório do Sebrae Minas, na Av. Barão Homem de Melo, 329 – Nova Granada, Belo Horizonte.

Para Bráulio, as associações ligadas à área da engenharia, a exemplo da ABRASIP-MG e o seu comitê de BIM, podem atuar como vias complementares na medida em que oferecem cursos, treinamentos e seminários nas universidades. “É preciso incrementar a sinergia entre os profissionais, docentes, alunos e o mundo dos negócios, abrindo as portas para as parcerias. Certamente, as academias do futuro são aquelas completamente alinhadas às tendências de mercado, que incentivem a criatividade, o empreendedorismo e proporcionem oportunidades que vão além do pensamento técnico. Nesse sentido, os professores devem caminhar ao encontro dos alunos, acompanhando as transformações tecnológicas e cativando-os ao oferecer uma educação sólida. Sem sombra de dúvidas, através do EABIM, damos um passo importante para a compreensão do BIM e sua aplicação na engenharia de Sistemas Prediais”, pontua.

De acordo com Macedo, o EABIM foi um momento importante para alinhar as necessidades das universidades e profissionais presentes na ocasião com a expectativa de aplicação do BIM na academia e consequente melhoria nas práticas de mercado. “Montamos grupos com cada universidade para identificar os pontos que precisam ser melhorados em relação ao BIM. Minha expectativa é bem positiva e desejo que o encontro se torne parte do calendário anual dos engenheiros, arquitetos, docentes e universitários. Temos que ter em mente que o BIM não é mais o futuro, mas sim o presente. Com a consciência de que essa ferramenta é uma realidade inadiável, os professores perceberam a urgência de levar o conceito para as salas de aula. Entendo que a parceria será fundamental para as academias, pois conseguimos levar o conhecimento do BIM aos alunos. Em contrapartida, teremos profissionais preparados para usar a tecnologia com eficiência. Todos saem ganhando”, diz.

Segundo Alexandre, a demanda por trabalhos em BIM é cada vez maior no mercado da engenharia e arquitetura construtiva e as universidades não podem ignorar esse fato. “Os clientes já entendem que o BIM é um ganho e as empresas de consultoria e projetos vem se adaptando aos clientes que ao solicitarem um serviço já sabem como querem o produto, como ele deve ser elaborado, validado, medido e pago. Quando fechamos um contrato, por exemplo, muitas vezes não encontramos profissionais preparados com a realidade do BIM. Como as universidades entregam um ensino defasado sobre o tema, em muitos casos, vejo estudantes e recém-formados trabalharem de graça só para adquirir e complementar o conhecimento sobre a tecnologia. Se as escolas não se atentarem, os profissionais ficarão sem serventia no mercado. Além do ensino do BIM, gosto de falar que os professores também precisam fornecer o conhecimento de precificação do projeto. Vejo que muitos engenheiros e arquitetos não sabem fazer isso e o BIM, se for bem configurado, ajuda nisso”, afirma.